Alice no País das Maravilhas

Alice no país das maravilhas é particularmente meu desenho favorito. Me lembro quando era criança e eu assistia o dia inteiro em VHS. Ficava rebobinando o tempo inteiro. O que mais me chama atenção é o modo como decorre a história. As muitas coisas que Alice encontra durante o caminho, faz com que até hoje eu imagine um coelho correndo pela minha frente dizendo que está atrasado e eu o seguindo, indo parar em um lugar desconhecido que parece maravilhoso e ao mesmo tempo estranho.

A obra "Alice no país das maravilhas", ou como título original "Alice in Wonderland" , foi escrita por Charles Lutwidge Dodgson, cujo pseudônimo é Lewis Carroll, e publicada no dia 4 de julho de 1865. Há uma continuação deste livro, e se chama "Alice do outro lado do espelho". A história de Alice foi uma invenção de Carroll para entreter três irmãs em uma viagem, e coincidência ou não, uma das irmãs se chamava Alice. A maior parte das aventuras que consta no livro, foram baseadas em amigos, conhecidos e até inimigos de Carroll, e as situações e lugares, a mesma coisa.

Atualmente temos o filme de Alice, com o mesmo título do desenho, e sua continuação que se chama "Alice através do espelho". O filme e o desenho possuem roteiros um pouco diferentes. Não assisti ao filme, pois para mim, a Alice será sempre aquela do desenho que foi lançado no Brasil em 14 de setembro de 1951, tempo em que nem minha mãe era nascida.

Sem muito blá blá blá, vou falar um pouco sobre esse desenho. Alice tem uma gatinha que se chama Diná, elas junto com sua irmã, estão fora do castelo lendo alguns livros. Alice canta para Diná uma canção onde ela fala como gostaria que as coisas fossem, e então ela avista o coelho branco passando apressadamente com um relógio e dizendo que está atrasado. Ela o segue e cai em um buraco, onde lá em baixo no final, ela encontra uma garrafinha escrito "Beba-me". Ela bebe e diminui. Então encontra um pedaço de pão escrito "Coma-me". Ela come e fica gigante. Depois de comer e beber por um tempo, ela fica gigante e começa a chorar, o que faz com que acabe inundando o lugar onde está, então ela toma a água da garrafinha e diminui, e a água que se formou por suas lágrimas, acabam fazendo ela passar pela fechadura da porta. Esse é apenas um resumo para quem não conhece o desenho da Alice, o que é um pouco impossível. Após passar pela fechadura, Alice encontra diversas coisas estranhas pelo caminho. Uma lagarta lhe dando conselhos, e olha que essa lagarta para quem já tem a mente maliciosa, parece estar bem fora da casinha, vamos dizer assim. O gato de Cheshire, que é um pouco doido e explica de forma meio filosófica para Alice certas regras do País das Maravilhas. Para alguns ele é considerado um vilão, mas ele é um dos personagens que mais gosto. Um chapeleiro maluco e uma lebre, que só querem tomar chá. Gêmeos que eu não lembro o que fazem ali. A Rainha de Copas, que para mim sempre foi um bicho-papão. Sim, eu tinha medo dela, porém hoje acho ela tosca. No fim das contas, Alice estava apenas sonhando. Será?

Para aqueles que gostam de terror, suspense, histórias macabras e etc, há uma versão assim sobre a história de Alice. Acreditam que seja verdadeira, porém meu coração sabe que não. Assim como todos também sabem disso. Esta versão diz que Alice era esquizofrênica, e que seus pais a deixaram em um sanatório por conta disto. Naquela época ter um filho assim, era considerado um crime ou uma aberração, por isso Alice ficava maior parte do tempo lá e sendo dopada, e muitas vezes sendo abusada pelos funcionários. Cada personagem tinha a ver com a imaginação de Alice, onde ela os transformava em pessoas que ela gostaria que estivessem ao seu lado, ou objetos de desejo. O buraco onde ela caia era na verdade a janela de seu quarto, onde ela passava maior parte do tempo e gostaria de sair para conhecer o que havia em sua volta. O coelho branco significava o tempo, que ela queria que passasse logo para sair dali. O chapeleiro maluco, seria um garoto que estava internado ali também, e seu melhor amigo. Ele sofria de Bipolaridade, por isso as expressões do Chapeleiro, ora triste, ora feliz, e assim por diante. A lebre seria a menina que dividia o quarto com seu amigo "Chapeleiro", que sofria de depressão. O gato seria um dos enfermeiros, no qual Alice confiou e por fim, ele o abusou e a deixava jogada em um canto triste. O sorriso do gato, seria na verdade o sorriso obscuro de seu violentador, no qual ela sempre se lembraria. A rainha de copas seria a dona do sanatório. Uma mulher cruel e desprezível que preferia que os funcionários espancassem e prendessem os pacientes. A lagarta era sua terapeuta, que conversava e explicava para Alice o que acontecia. Os gêmeos, seriam gêmeos siameses que não tinham nenhum problema psíquico, porém suas aparências eram assustadoras. Os frascos "coma-me" e "beba-me", seriam as drogas que davam a ela, onde por serem muito fortes, faziam com que Alice ficasse alucinada e pensasse que seu corpo estava diminuindo e aumentando. A irmã de Alice seria uma enfermeira do sanatório. Ela era boa e muito apegada à pequena Alice. Todos os dias, ela ia ao quarto de Alice e anotava todas as aventuras imaginárias da mesma. Infelizmente, Alice tentou fugir, porém conseguiram detê-la, e a diretora ordenou que aplicassem o eletrochoque nela. Após isso Alice ficou agressiva e violenta, então a diretora decidiu que o melhor a ser feito seria uma lobotomia. E após essa cirurgia, Alice viveu durante muito tempo em um estado de "coma". Até que um dia foi abusada, teve hemorragia interna por conta do estupro e veio a falecer. Então a enfermeira que era sua amiga se afastou do sanatório, e imortalizou Alice como a menina sonhadora que viveu muitas aventuras no País das Maravilhas.

Essa é uma versão da Alice que eu não sou muito fã. Não sei quem foi o autor, têm muito mais coisas nessa versão, porém escrevi só algumas coisas e com minhas palavras. Já li essa versão em muitos lugares. Espero que tenham gostado do artigo, com certeza ainda falarei muito sobre Alice.

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